Noites frias combinam com uma bela tábua de queijos, bons vinhos e
uma agradável companhia. E para que a ocasião fique perfeita, harmonizar
é o caminho, sugerem os especialistas no assunto. Segundo o chef
executivo do Cavist, Airton Aragão, como a maioria dos queijos tem muito sal e gordura, caem bem com vinhos brancos.
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O queijo brie, por exemplo, combina com vinhos da uva Chardonnay. Já o
de cabra, fica melhor com vinhos Sauvignon Blanc ou outras uvas
aromáticas, como a Moscato ou Torrontés. Os queijos gouda, ementhal e
gruyère são ótimos para acompanhar tintos leves, como os espanhóis
Tempranillo. E para os tipos grana padano e parmegiana reggiano, a
sugestão são os vinhos encorpados do tipo Bordeaux, ou os super
Toscanos, como o Tignanello, e também os do Novo Mundo, como Don Melchor
— orienta.
Para quem prefere vinhos doces, como os do Porto,
Airton indica os queijos de veias azuis, como gorgonzola, roquefort e
stilton. E dá uma dica:
— Para limpar a boca, antes de trocar de
vinho e de queijo, o ideal é comer frutas com mais água, como pêra,
melão, maçã e pêssego.
Na Bottega Del Vino,
no Leblon, quatro máquinas italianas que armazenam um total de 16
rótulos são o destaque: o vinho sai diretamente na taça. A máquina
mantém uma temperatura média de 15ºC (a mesma da adega) e a garrafa de
vinho pode ficar aberta até trinta dias — mas, com o movimento, não dura
mais do que três dias no restaurante. As quantidades que ela
disponibiliza são 30 ml (só para experimentar), 90 ml (o que equivale a
meia taça) e 150 ml (uma taça).
Já no Symposium,
em Laranjeiras, do uruguaio José Hodara, a carta de vinhos está exposta
nas prateleiras e separada por países — com foco nos da América do Sul,
mas com opções da Europa, EUA e Nova Zelândia. Os dois sommeliers da
casa — o brasileiro Rafael Noberto e a uruguaia Camila Ciganda — ficam à
disposição dos clientes para atender suas preferências e dar dicas de
harmonização junto com o chef Manuel Bernal, também uruguaio. A adega
climatizada guarda os vinhos mais raros e que precisam de mais cuidados.
Lá os vinhos custam de R$ 49 até R$ 700. O restaurante funciona também
como centro cultural. No momento há duas exposições de esculturas e
pinturas em cartaz e, aos sábados, recebe um pianista alemão.
A Confraria Carioca,
em Botafogo, além de loja e wine bar, oferece degustações temáticas.
Semanalmente é escolhida uma região ou país para uma abordagem orientada
sobre os tipos de vinhos e culinária local. Os eventos, em geral,
também contam com a participação de um produtor ou enólogo. Ainda na
Zona Sul, na Porto di Vino,
no Baixo Gávea, a boa pedida é a tábua com três tipos de queijos,
variados diariamente, e harmonizada com os mais dos 500 rótulos de vinho
disponíveis na casa. Para finalizar, a Grand Cru, na Barra, oferece o queijo grana padano com mel e pães rústicos junto com inúmeras opções de vinhos.
Fonte: O Globo